Esqueci de colocar no perfil: sou gremista. Até é curioso eu escrever isso logo depois de uma derrota tricolor. Vocês podem não acreditar, mas não vi nem ouvi o jogo desta noite. Meu negócio é ir ao estádio. Não curto ficar vendo jogo na TV. Por isso, agora que estou em Santa Maria, até virei frequentador da Baixada, casa do Interzinho.
Sou um típico torcedor: xingo o juiz, mando o banderinha enfiar seu instrumento de trabalho naquele lugar, compro cerveja na copa, peço garra aos jogadores, vaio os perebas e subo na grade quando sai o gol. Ao meu lado, sempre dá de tudo. Tem o bebum mala... Tem uma gurizada brincando e nem aí pro jogo... Tem aquele torcedor que gosta de comentar tudo...
Na partida contra o Pelotas, que determinou a subida do Inter-SM à primeira divisão, um parceria chegou a pedir pro gandula fazer pressão no goleiro adversário. E teve invasão de campo coisa e tal. Foi bonito de ver.
No Olímpico, vou desde os 9. E já fui ao Maracana, ao Beira-Rio, no estádio do São José de Porto Alegre, em Caxias, em Pelotas, em Fortaleza. Mais recentemente, coloquei o estádio do Ipiranga de Sarandi no currículo. Claro que me sinto em casa lá no Grêmio, mas qualquer estádio vale a pena. Muitas vezes, não é nem pelo jogo, mas por tudo que cerca o espetáculo. Na próxima vez em que você for ver um jogo em estádio, olhe a torcida. Tome uma cerveja quente. Coma amendoim. Tem todo um lance cultural. Apesar de toda a pecha de violência, assaltos etc, eu recomendo. É um baita programa.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Amizade
Estou numa fase de retrospectiva e perspectivas.
As lembranças são de amigos que não vejo há tempos. Por que nos afastamos? Foi só a questão geográfica? Não, a culpa é minha mesmo. Por questões psicológicas mal-explicadas, bloqueei, não quis procurar ninguém. E, depois de um tempo, aí fiquei com vergonha de ir atrás.
Pois agora perdi essa vergonha. Estou indo atrás. Já paguei alguma dívida de amizade durante as minhas últimas férias. E pretendo fechar até a conta antes do fim do ano. O mané aqui abriu os olhos e percebeu que os amigos de qualquer época só fazem bem. Por isso valorizo tanto os que estão comigo hoje. E peço perdão àqueles que devem estar com raiva de mim porque eu sumi.
Quanto às perspectivas, deixa pro outro dia. Estou sentimental demais hoje. Dia nublado, Vitor Ramil nas caixas de som e uma bela paisagem quando se abre a janela (olha a foto aí em cima) só podiam dar nisso.
As lembranças são de amigos que não vejo há tempos. Por que nos afastamos? Foi só a questão geográfica? Não, a culpa é minha mesmo. Por questões psicológicas mal-explicadas, bloqueei, não quis procurar ninguém. E, depois de um tempo, aí fiquei com vergonha de ir atrás.
Pois agora perdi essa vergonha. Estou indo atrás. Já paguei alguma dívida de amizade durante as minhas últimas férias. E pretendo fechar até a conta antes do fim do ano. O mané aqui abriu os olhos e percebeu que os amigos de qualquer época só fazem bem. Por isso valorizo tanto os que estão comigo hoje. E peço perdão àqueles que devem estar com raiva de mim porque eu sumi.
Quanto às perspectivas, deixa pro outro dia. Estou sentimental demais hoje. Dia nublado, Vitor Ramil nas caixas de som e uma bela paisagem quando se abre a janela (olha a foto aí em cima) só podiam dar nisso.
domingo, 21 de outubro de 2007
Gente como a gente
Sábado à tarde, no Calçadão. Dois PMs estão parados na frente de uma vitrine. Um deles parece aflito e comenta com o outro: "Tu nem sabe. Eu gosto de rock, e a minha gata, de dance.” Ainda bem que não é crime.
O Plantão do Consultório Sentimental aconselha:
- Tente uma terceira via. Quem sabe numa linha gaudéria ou um sambinha de raiz. Mudanças em um relacionamento estável-estático-móvel podem ser a chama para que a fênix renasça das cinzas em meio a corações empedrados.
O Plantão do Consultório Sentimental aconselha:
- Tente uma terceira via. Quem sabe numa linha gaudéria ou um sambinha de raiz. Mudanças em um relacionamento estável-estático-móvel podem ser a chama para que a fênix renasça das cinzas em meio a corações empedrados.
O domingo é psicológico
Depois de um domingo de trabalho, mais reflexões. Você sabe que eu nem sinto mais essa coisa de lamentar por trabalhar no dia de descanso dos outros... Faz tempo que eu faço isso, nem precisa mais vaselina. Já trabalhei domingo no boteco do meu pai, numa locadora de vídeo, numa assessoria de imprensa e em dois jornais diários. Ou seja, em todos os empregos que tive. Parece sina. Deve ser porque eu não gosto de ir à igreja...
A receita é fácil. APROVEITE BEM o domingo em que você NÃO TRABALHA. E também tem de gostar do que faz. Porque, se o cara não curte, aí é melhor fazer churrasco e convidar a patota do prédio, da rua, sei lá. Vai ficar sofrendo por quê?
Moral do dia: a tua mãe não te disse pra fazer o concurso do Banco do Brasil? Agora ajoelha e chora, peão.
A receita é fácil. APROVEITE BEM o domingo em que você NÃO TRABALHA. E também tem de gostar do que faz. Porque, se o cara não curte, aí é melhor fazer churrasco e convidar a patota do prédio, da rua, sei lá. Vai ficar sofrendo por quê?
Moral do dia: a tua mãe não te disse pra fazer o concurso do Banco do Brasil? Agora ajoelha e chora, peão.
Ah, como é bom ter teatro
Sou um dos que criticam Santa Maria a valer por causa da falta de cultura. É difícil pintar um show de fora, estamos sem cinema há mais de 100 dias e é difícil conseguir uma peça de teatro num horário em que possa assistir.
Ah, mas a coisa ta mudando. Continuamos sem cinema, mas estou podendo conhecer o teatro santa-mariense. No último mês, assisti 4 espetáculos: 1 na Casa de Cultura, 1 no Macondo e 2 no Theatro Treze de Maio. Mas, bá, me lavei.
Vou me dedicar a falar dos dois que vi neste sábado, dentro do festival Santa Cena, no Theatro. Ambos comédias, ambos com só um ator. Confesso que não esperava muito. Sei lá, conheci. É feio, isso, eu sei.
Tanto a primeira, A Tarturuga Chernobyl, de e com Felipe Dagort, quanto A Super Mãe Porra Louca, de e com Graciane Borges Pires, são um show de expressão corporal. O ator e a atriz dão um show de expressão corporal. E fazem rir, mesmo. O Felipe conta a história de um casal que vai ao zôo para ver uma tartaruga gigante e radioativa. O homem acaba engolido pelo bicho, e aí loucurar acontecem.
Mas essas pirações não chegam aos pés da Porra Louca. Graciane mata a pau na história de uma mãe tri louca que entra numa igreja, fugindo da polícia, e bate um longo papo com o padre no confessionário, relembrando sua vida. Cara, que show dessa mulher. A história se passa nos anos de chumbo e, claro, também faz uma sátira à repressão dos militares. Tem cenas antológicas, muito engraçadas, de rolar de rir no chão. A platéia veio abaixo, aplaudiu de pé.
Enfim, senti que há vida na cultura por aqui, sim. Não sei se eu tava dormindo antes e não reparava nessas coisas. Ah, antes que eu me esqueça, vão aqui três fotos da Mãe Porra Louca, tiradas por eu mesmo. De vez em quando, os cliques vão pintar por aqui também. Gosto dessa bricadeira. Não acerto muito, mas é divertido.
Ah, mas a coisa ta mudando. Continuamos sem cinema, mas estou podendo conhecer o teatro santa-mariense. No último mês, assisti 4 espetáculos: 1 na Casa de Cultura, 1 no Macondo e 2 no Theatro Treze de Maio. Mas, bá, me lavei.
Vou me dedicar a falar dos dois que vi neste sábado, dentro do festival Santa Cena, no Theatro. Ambos comédias, ambos com só um ator. Confesso que não esperava muito. Sei lá, conheci. É feio, isso, eu sei.
Tanto a primeira, A Tarturuga Chernobyl, de e com Felipe Dagort, quanto A Super Mãe Porra Louca, de e com Graciane Borges Pires, são um show de expressão corporal. O ator e a atriz dão um show de expressão corporal. E fazem rir, mesmo. O Felipe conta a história de um casal que vai ao zôo para ver uma tartaruga gigante e radioativa. O homem acaba engolido pelo bicho, e aí loucurar acontecem.
Mas essas pirações não chegam aos pés da Porra Louca. Graciane mata a pau na história de uma mãe tri louca que entra numa igreja, fugindo da polícia, e bate um longo papo com o padre no confessionário, relembrando sua vida. Cara, que show dessa mulher. A história se passa nos anos de chumbo e, claro, também faz uma sátira à repressão dos militares. Tem cenas antológicas, muito engraçadas, de rolar de rir no chão. A platéia veio abaixo, aplaudiu de pé.
Enfim, senti que há vida na cultura por aqui, sim. Não sei se eu tava dormindo antes e não reparava nessas coisas. Ah, antes que eu me esqueça, vão aqui três fotos da Mãe Porra Louca, tiradas por eu mesmo. De vez em quando, os cliques vão pintar por aqui também. Gosto dessa bricadeira. Não acerto muito, mas é divertido.
O começo
O cara que trabalha no jornalismo diário é meio frustrado, de vez em quando. Não pode escrever tudo o que passa na cabeça dele. Se o cara é colunista, até tem um escape. Mas nem se compara a um blog. Neste, por exemplo, mando eu. Posso mandar tudo à merda (não pretendo fazer isso ainda), divagar, criticar, viajar. Pois esse é o espírito do Entre uma Santa e um Porto. Por que esse nome? Bom, morei quase a vida toda em Porto Alegre. Há quatro anos, caí em Santa Maria. E estou sempre entre uma cidade e outra. Fácil, né?
Não estou fazendo isso para ganhar ibope, não espero me consagrar. Se você caiu aqui por acidente ou convite, seja bem-vindo. Se não gostar de algo, vá à merda (putz, disse que não ia fazer isso. escapou) e critique, deixe seu recado. Aquele abraço.
Não estou fazendo isso para ganhar ibope, não espero me consagrar. Se você caiu aqui por acidente ou convite, seja bem-vindo. Se não gostar de algo, vá à merda (putz, disse que não ia fazer isso. escapou) e critique, deixe seu recado. Aquele abraço.
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