Antes de tudo, peço desculpas aos que eventualmente lêem as postagens aqui. Fazia uma semana que eu não comparecia. Um pouco culpa minha, um pouco culpa do trabalho. Teve dia em que fiz 15 horas de jornada, tudo pelo bom jornalismo. Veja bem, fiz reportagem sobre um marido que matou a mulher, sobre o cerco da Polícia Federal à Fatec, no campus da UFSM (ah, se você não sabe, vá se informar. não vou contar a história) e sobre a tragédia de uma família que perdeu tudo em um incêndio. Como, na verdade, devo exercer as funções de editor, ser repórter por um dia tem seu preço: a jornada dupla de trabalho.
Chego no final de semana parecendo um chinelo velho, mas, ao mesmo tempo, feliz. Mesmo que eu tenha acompanhado só coisas mais pesadas, tive a oportunidade de fazer o que mais gosto: contar histórias. Ah, vai dizer que não é bom?
Penso em ser jornalista desde que eu tinha uns 11/12 anos. Naquela época, minha motivação era outra. Queria ser crítico de cinema. Tinha até um caderninho em que eu fazia minhas resenhas. O tempo passou, e teve um período em que eu até nem sabia o que eu queria fazer. Quase desisti da faculdade para ser microempresário.
Mas aí descobri o mundo do jornalismo diário. Tem emoção e adrenalina de sobra. Tem variedade. Claro, se você é repórter. Não coloco a mão no fogo por outras funções, inclusive pela que eu exerço atualmente.
O repórter é um cara que tá na rua, tá conversando com as pessoas, tá em contato com o mundo. Se o cara for esperto, pode até se governar no trabalho. Basta olhar ao seu redor. Aliás, basta abrir os olhos. Há um monte de histórias por aí que merecem ser contadas. Daqui a alguns anos, aquelas linhas que o repórter colocou no papel (no computador, né, mané?) serão fonte de pesquisa, serão história. Que responsa, hein?
Você talvez não pense como eu. Nem quero isso. Ser jornalista significa, muitas vezes, abrir de várias coisas. Cada um deve escolher seu caminho. Se você teve paciência de chegar ao fim deste texto, talvez eu tenha pego a estrada certa pra mim.
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Um comentário:
Essa semana, a viúva do seu Abdalla lembrou de uma pauta 500 que fiz com a família. Ela me disse que achou tão bonito o que escrevi. Nunca fiquei tão contente em fazer matéria paga na minha...
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