A história já passou pelo Homero, pela Ale e por aqui. Agora, a 4ª parte está lá, pelas mãos do Chagas. A próxima é a Fani.
Alguém viu o Rouxinol?
sexta-feira, 18 de julho de 2008
domingo, 6 de julho de 2008
A história, parte 3
A parte 1 da história você encontra no blog do Homero.
A parte 2 tá no da Alexandra.
A parte 3, depois de um parto, está aqui.
Em breve, a parte 4, que será tarefa do meu grande amigo Paulo Chagas.
Antes de entrar no bar, vomita uma mistura de estrogonofe com musse de maracujá. Não conseguiu entrar no beco. Uma senhora gorda passa, diz algo parecido com “torto” e cospe, mas ele não dá bola. Passa a mão no rosto. Quer uma bebida gelada pra tirar o seco da garganta e o gosto de podre.
Não há ninguém na porta, então ele entra direto. Supresa. O lugar é muito menor do que parece do lado de fora. À direita, num canto escuro, uma jukebox toca “Over the Rainbow”.
Ainda meio tonto e com gosto de guarda-chuva na boca, ele se aproxima do balcão, que fica a uns 5 metros das únicas três mesas do bar. A luz negra domina o ambiente. Na última mesa do fundo, há uma mulher em um vestido branco, que se destaca naquele ambiente escuro e fétido.
Que sede! Sentado em um banco à frente do balcão, um homem de terno verde- musgo e chapéu de panamá balança a cabeça, num cumprimento. Ele não retribui, só pensa em algo bem gelado. Pede uma cerveja e uma dose de gin tônica para o longilíneo barman, que usa uma camiseta branca sem mangas.
Só depois de os copos serem servidos é que ele nota o bigodinho bem aparado e uma tatuagem no antebraço esquerdo: “O destino o trouxe aqui. Deus o levará.” é a frase dentro de um coração sem flecha e sem cor.
Ele larga uma nota de R$ 50 e vai sentar de frente para a moça do vestido branco. Nem dá tempo de terminar o primeiro gole de gim, e ela se levanta e sai porta afora. Os cabelos são longos e loiros. Um doce aroma de alfazema fica no ar.
A porra da cerveja está quente. Ele então seca o copo de gim e vai para o banheiro, atrás de uma porta estilo “saloon”.
Dentro do WC, um forte cheiro de merda. Numa peça sem porta, a latrina está com uma água marron transbordando. Ele resolve, então, mijar no mictório, que já não dá vencimento e também está entupido. Tudo gira.
Sobre a pia, uma ponta. Meio entorpecido pelo fedor que invade suas narinas e acende a baga com seu Bic. A fumaça ainda está nos pulmões quando a porta se abre. É um velho, de feições magras. A barba está grande e malfeita. Os cabelos, soltos, ultrapassam os ombros. Veste um tipo de túnica longa e avermelhada. Sem saber o que fazer, ele tenta sair. O senhor coloca a mão em seu braço e puxa uma faca. Começa a gritar:
- Não deixe Dolores ir atrás do rouxinol! Não deixe Dolores ir atrás do rouxinol!
A porta se abre novamente. Surge uma pistola cromada, na mão de alguém com terno preto e Rolex. Ainda seguro no braço pelo velho, o homem fecha os olhos e ouve um tiro.
A parte 2 tá no da Alexandra.
A parte 3, depois de um parto, está aqui.
Em breve, a parte 4, que será tarefa do meu grande amigo Paulo Chagas.
Antes de entrar no bar, vomita uma mistura de estrogonofe com musse de maracujá. Não conseguiu entrar no beco. Uma senhora gorda passa, diz algo parecido com “torto” e cospe, mas ele não dá bola. Passa a mão no rosto. Quer uma bebida gelada pra tirar o seco da garganta e o gosto de podre.
Não há ninguém na porta, então ele entra direto. Supresa. O lugar é muito menor do que parece do lado de fora. À direita, num canto escuro, uma jukebox toca “Over the Rainbow”.
Ainda meio tonto e com gosto de guarda-chuva na boca, ele se aproxima do balcão, que fica a uns 5 metros das únicas três mesas do bar. A luz negra domina o ambiente. Na última mesa do fundo, há uma mulher em um vestido branco, que se destaca naquele ambiente escuro e fétido.
Que sede! Sentado em um banco à frente do balcão, um homem de terno verde- musgo e chapéu de panamá balança a cabeça, num cumprimento. Ele não retribui, só pensa em algo bem gelado. Pede uma cerveja e uma dose de gin tônica para o longilíneo barman, que usa uma camiseta branca sem mangas.
Só depois de os copos serem servidos é que ele nota o bigodinho bem aparado e uma tatuagem no antebraço esquerdo: “O destino o trouxe aqui. Deus o levará.” é a frase dentro de um coração sem flecha e sem cor.
Ele larga uma nota de R$ 50 e vai sentar de frente para a moça do vestido branco. Nem dá tempo de terminar o primeiro gole de gim, e ela se levanta e sai porta afora. Os cabelos são longos e loiros. Um doce aroma de alfazema fica no ar.
A porra da cerveja está quente. Ele então seca o copo de gim e vai para o banheiro, atrás de uma porta estilo “saloon”.
Dentro do WC, um forte cheiro de merda. Numa peça sem porta, a latrina está com uma água marron transbordando. Ele resolve, então, mijar no mictório, que já não dá vencimento e também está entupido. Tudo gira.
Sobre a pia, uma ponta. Meio entorpecido pelo fedor que invade suas narinas e acende a baga com seu Bic. A fumaça ainda está nos pulmões quando a porta se abre. É um velho, de feições magras. A barba está grande e malfeita. Os cabelos, soltos, ultrapassam os ombros. Veste um tipo de túnica longa e avermelhada. Sem saber o que fazer, ele tenta sair. O senhor coloca a mão em seu braço e puxa uma faca. Começa a gritar:
- Não deixe Dolores ir atrás do rouxinol! Não deixe Dolores ir atrás do rouxinol!
A porta se abre novamente. Surge uma pistola cromada, na mão de alguém com terno preto e Rolex. Ainda seguro no braço pelo velho, o homem fecha os olhos e ouve um tiro.
CNH: proibida para pobre
A primeira habilitação no Rio Grande do Sul:
R$ 129,90 - 30 horas de aulas teóricas (R$ 4,33 cada hora)
R$ 360,75 - 15 horas de aulas práticas (15 x R$ 24,05)
R$ 21,62 - Locação do carro para os exames práticos
R$ 41,99 - Exame de saúde
R$ 41,99 - Avaliação psicológica
R$ 41,99 - Exame teórico
R$ 73,04 - Exame prático de Direção
R$ 32,86 - Expedição da CNH
R$ 744,14 - Total
Em Santa Catarina, a primeira CNH sai por R$ 560. Pra começar, os exames custam R$ 30 cada. É uma diferença.
Se as contratadas para fazer os exames no Rio Grande do Sul conseguiam executar o serviço e ainda desviar milhões, a carteira podia ser mais barata, não? Demorou. Não é à toa que os CFCs parcelam, aceitam cartão de crédito etc
R$ 129,90 - 30 horas de aulas teóricas (R$ 4,33 cada hora)
R$ 360,75 - 15 horas de aulas práticas (15 x R$ 24,05)
R$ 21,62 - Locação do carro para os exames práticos
R$ 41,99 - Exame de saúde
R$ 41,99 - Avaliação psicológica
R$ 41,99 - Exame teórico
R$ 73,04 - Exame prático de Direção
R$ 32,86 - Expedição da CNH
R$ 744,14 - Total
Em Santa Catarina, a primeira CNH sai por R$ 560. Pra começar, os exames custam R$ 30 cada. É uma diferença.
Se as contratadas para fazer os exames no Rio Grande do Sul conseguiam executar o serviço e ainda desviar milhões, a carteira podia ser mais barata, não? Demorou. Não é à toa que os CFCs parcelam, aceitam cartão de crédito etc
Um pingo de ressaca moral
Protesto na frente do Bar do Pingo (foto de Charles Guerra/Diário)
Fatos:
1) No sábado retrasado, dia 28, um jovem administrador de empresa de 25 anos não concordou com a conta no Bar do Pingo, na esquina da Astrogildo de Azevedo com a Floriano Peixoto, no Centro de Santa Maria. Terminou a noite com alguns dentes quebrados e com o maxilar partido em dois.
2) Na quinta-feira à noite, mais de 100 pessoas fazem protesto em frente ao Bar do Pingo, propondo boicote coisa e tal, por causa da violência. O trânsito foi fechado, os jornais divulgaram fotos...
Conseqüências:
1) Advogado da vítima fecha acordo com o bar, para não haver processo. As bases ainda não são conhecidas.
2) Sábado, meia-noite. Uma fila de quase 40 pessoas se forma do lado de fora do bar. Todas querendo entrar.
Desejos:
1) Que as casas noturnas sejam fiscalizadas de verdade pelas autoridades, a começar pelos seguranças.
2) Espero que nenhum dos que estavam na fila no sábado passado tenha comparecido ao protesto. Seria muita hipocrisia.
1) No sábado retrasado, dia 28, um jovem administrador de empresa de 25 anos não concordou com a conta no Bar do Pingo, na esquina da Astrogildo de Azevedo com a Floriano Peixoto, no Centro de Santa Maria. Terminou a noite com alguns dentes quebrados e com o maxilar partido em dois.
2) Na quinta-feira à noite, mais de 100 pessoas fazem protesto em frente ao Bar do Pingo, propondo boicote coisa e tal, por causa da violência. O trânsito foi fechado, os jornais divulgaram fotos...
Conseqüências:
1) Advogado da vítima fecha acordo com o bar, para não haver processo. As bases ainda não são conhecidas.
2) Sábado, meia-noite. Uma fila de quase 40 pessoas se forma do lado de fora do bar. Todas querendo entrar.
Desejos:
1) Que as casas noturnas sejam fiscalizadas de verdade pelas autoridades, a começar pelos seguranças.
2) Espero que nenhum dos que estavam na fila no sábado passado tenha comparecido ao protesto. Seria muita hipocrisia.
terça-feira, 1 de julho de 2008
O cocô fala
Você nunca se sentiu incomodado por estar "trancado"? Numa linguagem mais chula, ficou um tempo sem conseguir cagar? Pois é, além de causar um mal-estar, afeta o lado psicológico. O cara fica meio chateado, não consegue fazer as coisas direito, parece que carrega um peso nas costas (neste caso, literalmente)...
E descobriram, mesmo, o valor do marronzinho (ou begezinho, se você estiver com "churrio"). Tanto que os norte-americanos Anish Sheth e Josh Richman lançaram o livro O que Seu Cocô Está Dizendo a Você - Montes de Fatos Importantes Sobre a sua Saúde. Uma crítica de Ludmilla Balduino no UOL Tablóide dá uma idéia do quão sensacional foi escrever sobre merda, mesmo que seja para depois alguém dizer que a obra é uma merda.
Da resenha de Ludmilla tiro algumas coisas sensacionais. A começar por uma parte da introdução do livro: "Ainda que não seja uma conquista facilmente alcançável, essa espécie de 'Cocô-Foria' nos proporciona um êxtase, uma sensação de invencibilidade, que alguns já comparam com uma iluminação mística".
Vejam alguns tipos de cocô classificados pelos autores: "Os Que Flutuam e Os Que Afundam", "O Cocô Empedrado", "O Pingente", "O Cocô Que Põe Fim à Lua-de-Mel", "Cocô Já-Te-Vi" (também chamado de "Hambúrguer Vegetariano" ou "Sobras de Ontem"), "Número 3" (Fazer Xixi por Trás, Cocô Líquido, As Grandes Corredeiras etc)... Sabem qual personagem do livro explica tudo isso? O Dr. Barroso kkkkkkkkkkkk
Para quem despreza o que sai da bunda e dá descarga sem nem dar tchau, é bom repensar seus conceitos. E tem o lado lúdico também: vai dizer que o cocô não é um bom amigo com quem se poder falar merda. Dizer porra nenhuma já fica complicado. Dar uma mijada em alguém também é muito grosseiro. Tá, exagerei na escatologia. Mas, pensando bem, me fez bem escrever esse post. Que está uma merda.
(agradecimento ao Deni por essa descoberta)
O livro já está venda por aí a R$ 17,90, é só jogar no Google que você acha.
Leia o release da editora aqui.
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