Pouco tempo que soube que a Comissão Permanente de Vestibular (Coperves) da UFSM havia divulgado a relação candidato/vaga do vestibular, fui correndo lá pro site olhar. Foi a primeira vez que realmente me senti um vestibulando. Tá, tudo bem, tinha olhado o edital, fiz a inscrição no site, paguei a inscrição na data-limite, depois de muito filosofar a respeito. Mas ainda não estava no clima.
Na empolgação, até meio bobo, abri o PDF no site da Coperves, rolei a barra lateral e cheguei até "meu" curso: Tecnologia em Sistemas de Internet. Olhei, olhei de novo e exclamei: 0,35 por vaga. A Mari, minha metade incentivadora, já queria escrever "bixo" na minha testa. Festa momentânea.
Olhei de novo a tabela dos cursos para ter certeza. Percebi que, na verdade, não iria concorrer somente com um braço ou uma perna. O 0,35 candidato/vaga era do curso de Frederico Westphalen. Em Santa Maria, é 1,70 por vaga. Não parece nenhum drama: são 34 candidatos para 20 vagas destinadas a quem não se enquadra em nenhuma das cotas (pessoa com deficiência, indígena, estudante de escola pública). Ter 35 anos ou mais não vale.
O problema disso tudo é que eu terminei o 2º Grau (viu? nem era Ensino Médio) em 1991. Osmose, cloreto de sódio, vegetação, gravidade, hipotenusa, cateto, cacete! São só palavras sem muito significado, perdidas em algum lugar obscuro do cerébro. Literatura, história, português, redação, até vai. Mas, e o resto?
Bom, sempre tem a abstenção... Alguns ficam presos no trânsito e perdem a prova... Uns zeram a redação... Estou no páreo. E, se alguém ainda lê este blog, vai ter que me aguentar. Vestibulando é bicho (ainda com ch) chato mesmo, né?
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
Férias, parte 1 de várias
O casal tinha passado o domingo, 13 de setembro, em Olinda. Sim, a cidade das igrejas seculares, das ladeiras. Luiz e Mari tinham embarcado no Piedade/Rio Doce e, depois de uma viagem rapidíssima, desceram na Avenida Agamenon Magalhães, perto do Hospital da Restauração (e não da Ressureição, como ele falava às vezes) e da Praça do Derby. Meio desorientados, eles começaram a seguir um bando de torcedores com camisetas alvi-rubras.
Algumas quadras de caminhada e cerca de 20 minutos, e eles chegaram ao Estádio dos Aflitos. No caminho, venda de traquitanas e ingressos. A entrada da torcida visitante era pela rua dos fundos. Para garantir, seguimos um grupo que usavas camisetas tricolores, azul, preto e branco. Antes da chegada, um cambista oferecia o ingresso por R$ 30, o mesmo preço da bilheteria. Compramos, com um pouco de receio, e entramos. Eram mais ou menos 17h30min, faltava uma hora para a partida.
O jogo? Náutico x Grêmio, pelo Campeonato Brasileiro. Não estava nos planos passar férias em Recife justamente quando o tricolor gaúcho fosse jogar lá. Foi uma feliz coincidência. A escala de trabalho foi madrasta tantas vezes em que o Grêmio jogou em Porto Alegre, mas o calendário de férias foi uma mãe pra gente nesse sentido.
E a sorte não parou por aí. O Grêmio não tinha ganhado nenhuma partida fora de casa no campeonato. Tinha a pior campanha fora de seus domínios. E não é que ele venceu a primeira, tendo eu, a Mari e mais cerca de 100 gremistas como testemunhas? A vitória começou a ser construída cedo, com os 2 a 0 do primeiro tempo. Depois, foi só segurar o resultado.
Foi um momento marcante das férias. A 3,8 mil km de casa e em meio a praias e lições de história, vimos o nosso time ganhar em um estádio lotado pela torcida adversária. Tudo bem tranquilo, sem violência, sem ameaça. E com direito a provocações da torcida gremista aos vizinhos do prédio que fica colado no estádio que podem ver o jogo da sua sala de estar.
terça-feira, 30 de junho de 2009
Seis salas de cinema
Desde a última sexta-feira, Santa Maria tem quatro cinemas a mais. São as salas da Arcoíris, no Royal Plaza Shopping. Para quem está acostumado a cinemas multiplex nos "grandes centros", pode parecer que as salas não têm nada de mais. Mas, para Santa Maria, elas fazem uma grande diferença.
Falo de cadeira (de cinema), depois de sentar em salas em que não dava para ver filme nacional, porque o som era uma merda, depois de sair com as costas doendo, porque o assento era pura tábua, depois de ver inúmeras falhas na projeção de um filme. No domingo passado, eu e a Mari estreamos na sala 3 do Arcoíris. Faço minhas as palavras da Tati Py, na matéria publicada pelo Diário no fim de semana (a foto acima é do jornal, feita pelo Lauro Alves): "O ambiente é acolhedor – característica favorecida pelo cheiro de carpete novo e pelas poltronas extramacias, que fazem você se sentir no sofá de casa. Os assentos, aliás, foram instalados como uma arquibancada, num sistema chamado Arcoplex Stadium. Nele, há um desnível de 35cm de um degrau para outro. Ou seja: se uma pessoa alta sentar na sua frente, dificilmente encobrirá sua visão. O som é impecável, bem como a qualidade de imagem." Não foi barato (R$ 12 no domingo), mas valeu o preço do ingresso.
Pra não dizer que tudo era perfeito, achei o banheiro meio tímido em relação à grandiosidade das salas. O masculino, pelo menos. Não entrei no outro, claro. No dos meninos, há apenas um mictório (para quem não sabe, é uma espécie de orelha grudada na parede em que você faz xixi dentro) e um vaso sanitário (a popular patente ou privada). Então, até fila tinha, o que não é muito comum entre o público que tem tico. Para completar, não há uma mola na porta. Como não falta gente com rabo nesse mundo, você pode sair de uma sessão de Transformers 2 e ganhar de brinde a visão de um gajo dando aquela mijada.
Não vou falar sobre o "bombonière", porque a Mari é que ficou responsável pela pipoca (que tava boa) e o refri (que tava gelado). Sobre o filme, Intrigas de Estado, vale outro post, só pra comentar o "conflito" entre o jornalismo impresso e o online.
O bacana de tudo isso é que temos agora chance de ter seis filmes diferentes passando em seis salas na cidade, mesmo que, neste começo, haja filmes repetidos. Ter escolha é importante, mesmo que a escolha seja ficar em casa.
domingo, 28 de junho de 2009
O twitter do Luxemburgo
Estava demorando. Uma notícia vinda do Twitter de alguém ganhou a mídia nacional. No caso, estou falando do técnico Vanderlei Luxemburgo, que anunciou em seu Twitter e em seu blog que havia sido demitido do Palmeiras, no sábado de madrugada.
Aguardem, caros leitores. Em breve, mortes, divórcios, casamentos, lançamentos e outras coisas que você só ficava sabendo pela mídia serão descobertas diretamente das fontes, sem intermediários. Nada mais atual, em tempos que o diploma de jornalista não vale nada.
sábado, 27 de junho de 2009
O estelionato não vem de hoje
Se brasileiro tivesse memória e os políticos tivessem vergonha, José Sarney jamais seria presidente do Senado. Basta lembrar do estelionato eleitoral cometido em 1986. Em março daquele ano, milhões de brasileiros pregaram um broche nas camisas e saíram às ruas para defender o controle de preços do Plano Cruzado. Eram os "fiscais do Sarney". O congelamento só resistiu até as eleições estaduais de novembro daquele ano, quando o PMDB quase todos os governadores do país. Sem o tabelamento, a inflação galopante voltou, e os "fiscais" se sentiram traídos. Teve até jornal que publicou o tal broche na capa, para que ele fosse recortado e colado no peito. Que ilusão...
Chega das velhas raposas, tema tão bem abordado pelo chargista Simanca, do jornal A Tarde, da Bahia (aí logo abaixo).
Ser bombeiro é fogo, mesmo que por 8 horas
Ser bombeiro por um dia foi um aprendizado e tanto, numa promoção dos bombeiros de Santa Maria. Em apenas 8 horas, aprendi muita coisa. Senão vejamos:
Conheci várias técnicas de enforcar gente...
Conheci várias técnicas de enforcar gente...
... aprendi a invadir prédios e a fugir de rapel...
... a sair correndo com a mangueira dos bombeiros...
... a incendiar...
... e depois atiçar o fogo...
... e a fazer baderna em cima do caminhão dos bombeiros (todas as fotos, com exceção da última, são de Marilice Daronco).
Brincadeiras à parte, ser bombeiro por um dia foi uma baita experiência. Deu pra ver que os caras ralam pra caramba. E que fazem muita coisa. Na boa, eles são mesmo heróis. E não só por um dia.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Periquito é time
O Riograndense tá indo bem melhor do que eu imaginava na 2ª fase da Segundona do Gauchão. Neste domingo, venceu o Bagé por 2 a 1 e está cada vez mais isolado na liderança de sua chave. Em cinco jogos nessa fase, são 4 vitórias e 1 empate, o que impressiona. E o time está jogando direitinho.
Na tarde deste domingo, saiu atrás, numa falha gritante do zagueiro Bonaldi, mas empatou logo depois com Rangel e virou com Juninho Laguna. O que não dá é perder tanto gol. A partida poderia ter sido muito mais fácil e sem sustos se não fossem desperdiçadas tantas chances de gol.
Se o Periquito vai subir pra primeira divisão, não sei. Até porque depois tem uma fase em que tudo começa do zero novamente. Mas está legal ver o Riograndense. Tem mecânica, jogadas bonitas, saída rápida de trás... Tem cara de time.
domingo, 14 de junho de 2009
O exterminador do roteiro
Puxa, que saudade do James Cameron. Ele fez da série O Exterminador do Futuro algo de fundamento. O primeiro, de 1984, tive a oportunidade de ver no cine Marrocos, na Getúlio Vargas, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre. Tinha 10 anos na época, e filme tinha censura de 16. No Marrocos, não davam muita bola pra isso. Mais tarde, eu entendi a mensagem da classificação por idade. Tudo bem que dava pra ver os peitos da Linda Hamilton, a Sarah Connor que o robô Arnold Schwarzenegger queria matar para que ela não tivesse o filho, John Connor, que seria o líder da resistência. O engraçado é que depois eu não sonhava com as tetas da Sarah, e sim com a cara do atual governador da California.
Fechando o parêntese, voltamos a 2009 e ao O Exterminador do Futuro: a Salvação, que estreou recentemente nos cinemas. Os efeitos são bacanas, mas a historinha... Quantos buracos no roteiro.
Pra começar, os robôs da Skynet, que domina o mundo e está prestes a exterminar toda a raça humana do planeta, são muito burros. Em algumas cenas, eles parecem Hulks jogando humanos para lá e para cá, em vez de esmagar o crânio deles. E ainda permitem que a resistência humana se comunique por rádio! Em 2018! Ah, desculpa, mas não dá pra acreditar.
Tem uma cena no final que eu não vou nem comentar, pra não estragar a surpresa e para não pegar pesado demais. Sem falar em outras dezenas de furos no roteiro. Estou me perguntando até agora onde foi para a equipe comandada por John Connor (Christian Bale) que desce de rapel em um buraco no início do filme. Eles desapareceram! Vai ver vão voltar numa futura sequência. Por mim, tudo bem que a franquia siga viva. Desde que arrumem um diretor e um roteirista que não exterminem a minha paciência.
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