Neste ano, descobri que sou Tigre no horóscopo chinês. Poderia ser um álibi ou uma maneira elegante de explicar o apelido que tenho. Mas, não. Ele tem uma origem não tão glamourosa. Foi um simples amigo secreto que fez nascer o Tigre (que de vez em quando vira Tigrão, Tigrinho, Tigruxo... rsrsrs).
Bah, é uma história q começou há uns 6/7 anos, quando eu fazia frila lá na Zero Hora, na editoria de Geral e Polícia. No fim de um ano (talvez 2000, talvez 2001), inventaram um amigo secreto "diferente" dentro da editoria. Em vez de nome, o cara usava um apelido. O magrão que ia dar o presente tirava um apelido e não fazia idéia de quem poderia ser seu amigo secreto. Mas o presenteado sabia que o tinha tirado. A revelação só saía na hora de entregar o presente. Os pedidos eram deixados de forma anônima no mural.
Pois bem... Eu tinha esquecido de escolher o meu apelido e, cinco minutos antes da hora, numa reunião semanal com toda a editoria, escolhi Tigre. Pois não é que pegou? Passou o amigo secreto, e uns continuavam me chamando de Tigre. A coisa foi indo, indo, indo... E o apelido pegou de uma maneira que não desgrudou mais...
Mas o apelido se restringe ao âmbito de duas redações: a que eu trabalhei antes e a que eu estou agora. Fora dali, sou o Luiz mesmo.
Já fui Luizinho na família (muitos me chamam assim), já fui Norberto lá na 7ª série (um professor de educação física tinha essa mania) e até hoje sou Roééése para os colegas do 2º grau por culpa de um professor de matemática que me chamava assim.
Nunca dei muita bola pra tudo isso. No fundo, é divertido. E sem crise de identidade.
P.S.: na sexta-feira, chegaram à redação as carteirinhas da Associação dos Cronistas Esportivos Gaúchos (Aceg), necessárias para quem vai trabalhar em jogos da 1ª divisão do campeonato gaúcho. Pois não é que a minha veio com o nome de Tigre? Só Tigre, mais nada. Ficou bacana, divertido, engraçado, mas inconveniente. Vai ser trocada.
"Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer"
(Panis et Circensis, Mutantes)
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