segunda-feira, 31 de março de 2008

Cinema sem reparação


Pois tudo funciona no novo velho cinema em Santa Maria, pelo menos na sala 2. As poltronas estão com todas as partes, o som Dolby digital se apresentou em dia, e não há reparos a fazer em relação à projeção. O saco é ter de esperar o elevador na saída do cinema, porque não há outro jeito de sair do Santa Maria Shopping. Mas um funcionário já me avisou que, em dias de mais público, as escadas estão liberadas. Menos mal. Nesse domingo, havia umas 20 e poucas pessoas para ver Desejo e Reparação na última sessão do dia.


Sobre o filme: surpreendeu positivamente. Não sou muito afeito a filmes de época ingleses. Via de regra, eles seguem com muito rigor a obra literária da qual foram originados. E aí a técnica cinematográfica não é bem aproveitada. Vide Uma Janela para o Amor, A Feira das Vaidades, Retorno a Howard's End... Se você gostou, desculpe. Mas, para mim, eles são chatos, muito chatos. Não vou generalizar: Razão e Senbilidade e Vestígios do Dia merecem ser vistos.

Desejo e Reparação vai nessa linha, ao contar uma história que se passa na Inglaterra dos anos 30, entre as duas guerras mundiais.

A história começa numa pomposa propriedade na Inglaterra. Lá vive a família Tallis, que se prepara para receber de volta o filho mais velho. A irmã mais nova, Briony, tem uma inaginação fértil que vai desencadear uma grande mudança no destino de todos os personagens. Por ciúme e por não entender bem o que acontece entre a irmã mais velha e o filho da governanta, ela acaba acusando o rapaz por algo que ele não fez.

A partir daí, o roteiro viaja pela vida dos personagens, mostrando como o futuro pode ser destruído por um ato impulsivo. No caso, o das irmãs e o do rapaz acusado. Nem quem inventou a história escapa, pois ela não consegue abandonar a culpa que sente pelo que fez. E só consegue buscar a tal "reparação" no último livro de sua longa carreira como escritora.

Surpreendente, de boa trilha sonora orquestrada (vencedora do Oscar), grandes atuações e com uma fotografia que leva do colorido da paisagem do interior da Inglaterra ao cinzento dos anos de guerra e de desencontros.


Filme bom, pipoca e boa companhia. Valeu o domingo.




Um comentário:

Anônimo disse...

ah não
eu vi esse filme e não gostei...
faz tempo já... mas lembro q achei meio óbvio a partir da cena em que a guria tenta chamar a atenção do cara. Tipo: como não conseguiu o namorado da irmã, denunciou o coitado... coisa de criança... e teve outras cenas q achei meio bobas tb... depois t conto... mas as paisagens são legais mesmo...