Vamos a mais um pouco de nostalgia.
Hoje pareço moderninho, pois tenho um blog e carrego um caminhão de músicas pendurado no pescoço. Mas não faz muito tempo (tá, até faz) eu gravava as músicas do rádio em fita cassete para poder ouvir depois. Algumas até tinham um "su-su-su-su-su-su-cééééésso" junto.
Tudo começou com as fitinhas que havia lá em casa. Uma em particular me chamava a atenção: tinha Nuvem Passageira, com o Hermes Aquino. Gastei a música no deck do nosso "3 em 1".
Mas as maiores descobertas daquela época (eu tinha uns 7/8 anos) foram os LPs do meu irmão. Mergulhei naquele mundo eclético dele. O primeiro garimpo foi Falso Brilhante, da Elis. Nem a mãe, tri fã da Elis, aguentava mais ouvir aquele disco, de tanto que eu colocava. Ainda tinha Caetano, Pink Floyd, Led, Ednardo (aquele do Pavão Misterioso), Astor Piazzolla, Rita Lee, Eduardo Dusek... Certa vez, um colega meu pegou emprestado 2 discos do Yes. E não é rolou uma festinha na casa dele (ele tinha uns irmãos mais velhos também) e sumiram os LPs? Bom, até hoje meu irmão não sabe que fim levaram os discos...
Tudo era um ritual. Até ir numa galeria do Centro de Porto Alegre para mandar gravar em cassete uns "discos piratas" de shows na Europa do Led Zeppelin e do Deep Purple. E, hoje, com alguns cliques e uma boa ferramenta de busca, dá pra encontrar tudo isso em poucos minutos, sem sair de casa. Não, e eu não sinto saudade do chiado.
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7 comentários:
Tigre, não é que vc não sente falta do chiado. O bom é ter o acesso fácil a todo tipo de música. Mas, me diz, ouvir um vinil não é maravilhoso? Aquele chiadinho soa tão bem.
bjos
Então chega lá em casa pra escutar um Ultraje no vinilzão....
maurício: pior sou eu que tenho trilha sonora de novelas, com aquela música do Ultraje: 'nú com a mão no bolso'. Diria até que é a minha música atualmente...
eu tenho saudade de um chiado, na verdade, um estalo. um dos meus discos preferidos era o paco de lucia tocando concerto de aranjuez. lá pelas tantas, no clímax do adágio, o cara enlouquecia no violão para, em seguida, a orquestra entrar. mas antes da orquestra toda entrar, o disco estalava. até hoje, quando ouço qualquer gravação deste concerto, fico esperando o estalo.
(obrigado pelo link, não sabia... descobri agora, em seguida à descoberta do teu blog)
Pelo visto todos acima ainda são uns velhos românticos, heheh....Eu também o sou, por isso quero uma vitrola e uma coleção de vinil, opa também um violão...para o chiado ser feito pelas próprias mãos....
Ok, Ok, confesso a "portatilidade" da vida também me agrada. Vontade de trazer o mundo no bolso...
Cês lembram daquele cheirinho de disco novo? E como ele reluzia quando a gente tirava do plástico?
Só não tenho saudade dos discos arranhados. E eu era dona de arranhar discos. Meu pai chegava a esconder sua "discoteca da Jovem Guarda" pra eu não destruir...
Anteontem comentei com meus coleguinhas novinhos de trabalho - enquanto eles colocavam uns MP3 no 'pen' da Tia Adri - sobre minhas fitas K-7 e as seleções, por estilo, que tinha em cada uma delas: obviamente, dividadas em rock nacional, rock internacional e balaaaaaaaaaaaadas...essas com todas as vinhetas que vocês possam imaginar das rádios de POA. Isso porque a primeira coisa que fazia, dos meus 10 aos meus 16 anos, quando acordava pra ir pro colégio, era dar 'play-record-pause' no 2x1 do meu quarto infanto-juvenil-refúgio-da-rebeldia-e-das-dores-de-amores!!!
p.s.: Tigre, please, segue escrevendo. mesmo que sem grande inspirações...é sempre bão saber de ti!!! Beijos!!!
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