quinta-feira, 17 de abril de 2008

Vem aí uma decisão


Não lembro exatamente quem era o adversário. Só recordo de um domingo meio frio e chuvoso. E não fui nem para as arquibancadas, ocupei um lugar nas cabines de imprensa do Presidente Vargas, para fazer companhia ao repórter Carlos Ferreira. Isso faz uns três anos.

Que choque de realidade! O estádio, praticamente vazio. O gramado, um potreiro. E o jogo? Bah, sem comentários. Chutão prá lá e prá cá. Zero lance de brilho. Confesso que me decepcionei e pensei em nunca mais voltar. Parte importante: o Inter-SM ganhou. E continui freqüentando a Baixada Melancólica (no início, pensei que o estádio era apelidado assim por causa do nível futebolístico, mas não, tem relação com a proximidade do Cemitério Ecumênico).

De lá para cá, tudo mudou. Agora, as arquibancadas lotam, o gramado deixa a bola rolar tranqüilamente, e o nível futebolístico é incomparável à perebice de outrora. Só uma rotina continua: ao acompanhar o jogo no estádio, nunca, mas nunca mesmo, vi o Interzinho perder. Se a escrita for mantida, a presença do time de Santa Maria na final do Gauchão está garantida.

Claro que agora o nível de exigência é bem maior. E é difícil continuar como pé-quente para sempre. Mas, pelo menos neste domingo, dá para acreditar que nada vai mudar. Pelo menos no jogo contra o Juventude. Basta um empate. Os deuses do futebol não seriam tão travessos assim.

Para o time que me deu a oportunidade profissional de escrever uma crônica de jogo e manteve o meu deleite de freqüentar um estádio de futebol (como já escrevi aqui), minha homenagem e minha torcida. Para os supersticiosos, uma certeza: estarei lá no domingo (o Maurício, que não fica prá trás em matéria de "pé-quentismo", também).

Um comentário:

mim disse...

Bah, lembro daquele jogo. Um 0 a 0 que chegava a feder de tão podre. Acho que era contra o São Paulo de Rio Grande. Pura fria!
Mas pelo menos daquela vez não caiu de quatro!