Para quem trabalha em uma redação de jornal diário, TV ou rádio, a frase "está tudo tranqüilo" soa quase como uma maldição. Porque isso pode mudar em minutos. Um acidente, um assassinato, uma renúncia... Não dá para prever os fatos.
No último domingo, por exemplo. Tudo se encaminhava para que o jornal fechasse em, no máximo meia hora. Mas o telefone tocou. Do outro lado, a notícia: mais um morto em acidente. Era o quarto do fim de semana. Daí lá fui eu mudar minha página pronta, a manchete ganhou um número diferente, e mais uma hora e meia foi acrescentada à jornada do trabalho.
Não dá pra perder a calma, porque senão o processo de reconstrução da notícia fica mais demorado. Afinal, se o cara quer rotina, não é no jornalismo de hard news que ele vai se realizar.
O brabo é quando as coisas mudam não pelos acontecimentos, mas sim por fatores em que você não pode influenciar. Como a entrada de um anúncio em uma página, por exemplo. Repito: perder o controle ou se desesperar não adianta nada. Senão você carrega um monte de gente contigo pra lugar algum.
Enquanto estou escrevendo este post, ouço sirenes de bombeiros. O jeito é ligar pra eles e tentar dar um pouco de dinamicidade ao momento, já que todo esse papo tá meio sacal.
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