segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Sem rima, sem métrica, sem estilo

Alguém abriu a porta do coração
E levou a chave embora
Agora está tudo aberto

Todos entram e saem a qualquer hora
Esses dias, até teve festa
E entrou madrugada adentro

Ainda bem que há porteiros
Que barram alguns penetras
O ódio, por exemplo, ficou com raiva

O amor deu de ombros
Bêbado, o afeto fez cena
E a sinceridade disse tudo

No fim, a alegria estourou champanha
E a felicidade beijou o carinho
Para a decepção do altruísmo

Pior é que não adianta pedir pra saírem
Eles são espontâneos demais para isso
A sorte é que o esforço faz a faxina

Um comentário:

Fran Rebelatto disse...

Mas olha só, temos rimas, temos poesia..Hummm e temos um coração confuso, hehehehe...

Que viagem, está tudo aberto, de fato...