segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Mira que loco!




O sábado foi de emoções fortes e experiências novas. Conheci Rivera, na fronteira do Uruguai com a Argentina. Tinha como parâmetro Ciudad del Este, no Paraguai, mas a cidade vizinha a Santana do Livramento é bem diferente enquanto centro de compras. É bem mais limpa, mais organizada e os produtos, aparentemente, são bem melhores.
Primeiro, é bom ir com tempo. Porque, como em toda compra que se vai fazer, a pesquisa é fundamental. Ao visitar as várias lojas espalhadas por meia dúzia de quadras, comece perguntando a cotação do dólar em relação ao real. Isso faz diferença. Dá uma variação que pode ir a R$ 1,73 a mais de R$ 1,80. Ah, e leve calculadora, papel e caneta. Anote tudo o que puder numa visita prévia e só compre depois de andar muito e pesar prós e contras.
Em Rivera, há uma certa bagunça organizada. Numa primeira visão, o cara fica meio perdido para saber que loja venda o quê. Isso nunca é muito claro. Há os free shops que têm de tudo um pouco, mas também há locais que só vendem calçados ou produtos alimentícios, por exemplo.
Nas ruas, assim como no Brasil, há camelôs e ambulantes. A tônica dominante é a venda de garrafas térmicas, mas também são vistas crianças vendendo meias e DVDs piratas.
A parte de alimentação é um caso à parte. Come-se muito bem, especialmente no quesito das carnes. E bebe-se bem, porque a maioria das cervejas uruguaias é sensacional.
Mas nem tudo que reluz é ouro. Deve-se ter cuidado com as marcas-diabo. E roupas e óculos escuros, por exemplo, não estão muito em conta. Em compensação, eletroeletrônicos, coisas para casa & cozinha, produtos de higiene pessoal e alimentos em geral são muito baratos.
Se você tem compulsão por compras, é melhor não ir. Ou se prepare para gastar, porque a tentação é grande. E não se preocupe com a língua. Tudo se resolve num portunhol básico, e também há brasileiros de sobra trabalhando lá.
Só não descobri se estão vendendo até a mãe, porque não encontrei nenhuma nas vitrines. Talvez seja porque faltou tempo.
"Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando
Gracias a la vida,que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dió el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida
(trecho de Gracias a la Vida, de Violeta Parra)

3 comentários:

Fran Rebelatto disse...

Não acredito que vcs foram para lá, monstros...Eu tinha um monte de coisas para mandar para aquele povo, os da praça, os das entrelinhas desta fronteira...hehhehe, gosto de lá, gosto daquela confusão....

Anônimo disse...

foi legal mesmo. pra quem não conhecia, como eu, foi uma baita experiência. aliás, fui mais pra sentir mesmo e não para comprar. e como senti

Roberta disse...

Tigreeeeeee!!!
E aí guri? Qto tempo!
Te achei aqui pelo Blog da Ale. Ela tinha razão, teu blog é mega massa mesmo e dá uma nostalgiaaaaa... Ver as fotos do povo amigo, ler os nomes deles nos teus textos... ai ai, só não vou chorar pq dia 29 to aí pra apertar todos vcs!!
bjaoooo